NAM KYUNHO mais conhecido como   OXYD   veio de Incheon para Busan. É tatuador e body piercer da Skin Deep e DJ oficial / referĂȘncia da Link In Bio. Vive entre o caos, a lĂĄbia e a arte e busca transformar suas dores e as dos outros em traços ou sets sempre inĂ©ditos noites adentro. Vagando de noites mal dormidas, criaçÔes espontĂąneas, talentos “escondidos”, cerveja e envolvimento em algumas brigas aparentemente aleatĂłria, vem acumulando um histĂłrico um tanto quanto suspeito. Geralmente, tende a desconfiar de tudo e todos, mas quase sem querer, tambĂ©m seduz sem esforço, seja por sua aura “misteriosa” amparada pelo corpo totalmente tatuado, seja pelo  caos  que gravita ao seu redor ou por seus talentos; de qualquer maneira chama atenção, sendo isso bom ou nĂŁo. É comum ver suas artes e suas marcas nas ruas, muros, prĂ©dios e etc., jĂĄ que tambĂ©m faz pichaçÔes e grafites que combinam vĂĄrios estilos formando um distinto que jĂĄ Ă© reconhecido como dele. Seja andando de skate no tempo livre, fotografando em estilo experimental, entre tintas ou sprays, peles, quadros ou muros, bebendo, tocando ou andando sem rumo pelos centros ou portos, tenta viver no low profile.

Mas, apesar de tudo, Oxyd Ă© um artista de real e inegĂĄvel talento — que um dia teve sua chance, mas hoje estĂĄ tĂŁo envolto em   sombras e segredos   que nem ele prĂłprio sabe os rumos que sua vida deveria ou poderia tomar.


          001 // 𝖕𝖗𝖔𝖋𝖎𝖑𝖊

name.   Nam Kyunho (낚균혞)
nicknames.   OXYD.
gender.   masc, he/him.
sexuality.   bisexual.
date of birth.   19/09/94.
age.   31y.
zodiac.   virgo.
birthplace.   Incheon, KR.
current residence.   Seomyeon, Busan.
height.   189cm.
weight.   70kg.
eyes.   brown.
hair.   black.
build.   thin, tall, mid-proportional.
modifications.   tattoos and piercings.
family.   only child, no contact with his parents — Rusty, his cat.

          002 // 𝖕𝖊𝖗𝖘𝖔𝖓𝖆

Simples e criativo, mas instĂĄvel e autossabotador. Vive entre a lĂĄbia e a desconfiança, usando tatuagens e mĂșsica como formas de esconder segredos que nĂŁo sabe lidar. Um paradoxo vivo: busca liberdade, mas se prende a vĂ­nculos tĂłxicos.positive.   Criativo, CarismĂĄtico atĂ© certo ponto, Resiliente, Observador, Bom ouvinte e conselheiro.

neutral.   NotĂ­vago, IrĂŽnico, Instintivo, Reservado sobre si.

negative traits.   Impulsivo, Desconfiado, Autossabotador, Viciado em extremos, Dificuldade em lidar com negativas.

hobbies.   Desenhar/sketches urbanos, Criar mixtapes e sets, Fazer pichaçÔes em momentos de resistĂȘncia e grafites em alta madrugada, Fotografar, Customizar roupas/acessĂłrios, Andar de skate, visitar KaraokĂȘ underground, Explorar clubes e pubs alternativos, Colecionar vinis usados, Bebedeiras ocasionais e rolĂȘs intensos, Jogos de azar pequenos, “Experimentos” com tatuagens em si mesmo.

always seen around.   The Gilded Frame and Flashback.
001   :   likes.   mĂșsica, vinil, tatuagens, piercings, arte urbana, fotografia, skate, karaokĂȘ, noites longas, neon, chuva, clubes underground, mixtapes, liberdade, ironia, cafĂ© forte, barulhos da cidade, improviso, colecionar capas de disco, cores escuras, cigarros, ĂĄlcool e silĂȘncio pesado.

002   :   dislike.   autoridade, crĂ­ticas, rotina, hipocrisia, promessas fĂĄceis, passado, abandono, integridade artificial, superficialidade, falsidade, tĂ©dio, controle, exposição, sentimentalismo Ăłbvio, elite cultural, luz do dia, silĂȘncio desconfortĂĄvel, lembranças de Seul, proximidade excessiva, estar sĂłbrio demais em alguns momentos. (sempre).


          003 // 𝖕𝖑𝖆𝖈𝖊𝖘

SKIN DEEP.       ( tatuador e bodypiercer. )      
Oxyd chegou Ă  Skin Deep por um acordo silencioso com Kangho, que lhe ofereceu estabilidade e liberdade em troca de lealdade e silĂȘncio. A clĂ­nica nunca carregou uma boa fama em sua forma “oficial”, mas tem seus bons mĂ©ritos como fachada para os negĂłcios mais “ocultos”. E ele, ciente disso desde o inĂ­cio, mantĂ©m-se Ăștil e indispensĂĄvel, comandando sua ĂĄrea com precisĂŁo, transformando dor em arte — alĂ©m de executar seu papel “extra” atĂ© hoje com eficiĂȘncia. VĂȘ o estĂșdio como lar e prisĂŁo: lugar onde tem controle e pode se expressar como bem quer, mas tambĂ©m onde estĂĄ preso ao prĂłprio ciclo. Sua relação com Kangho Ă© de dependĂȘncia mĂștua — proteção em troca de servidĂŁo —, um pacto que o mantĂ©m vivo, produtivo e lentamente corroĂ­do por dentro, e que por suas “camadas”, vez ou outra o faz questionar; o que diabos fez e continua fazendo com sua vida.
LINK IN BIO.       ( promoter e dj. )      
Oxyd entrou na Link in Bio quando sua presença no underground de Busan começou a chamar atenção. Chamado primeiro para mixar em eventos menores, logo virou nome fixo nas noites da casa, conhecido por sets intensos e imprevisĂ­veis que misturam techno, rap e batidas industriais. Seu som Ă© visceral — ora catĂĄrtico, ora quase ritualĂ­stico. Nos bastidores, mantĂ©m um trato informal com os donos do local: liberdade artĂ­stica total em troca de manter a pista viva e o nome da casa em alta. NĂŁo segue roteiro, nĂŁo repete setlists e raramente fala com o maior pĂșblico fora do palco. Ainda assim, Ă© o tipo de presença que domina o lugar sem nem mesmo precisar ficar nele por muito tempo. Na Link, Oxyd Ă© visto nĂŁo sĂł como DJ — mas, uma especie de pulso sujo e brilhante que mantĂ©m o subsolo respirando. É reconhecido, elogiado, aplaudido, adorado e desejado; um cenĂĄrio perfeito, mas que nĂŁo lhe enche os olhos como muitos imaginam.
JAYUJANG X.       ( refĂșgio e skate. )      
É o terreno neutro de Oxyd — o Ășnico lugar onde ele realmente pertence sem precisar fingir nada. Conhecido ali tanto pelas tatuagens quanto pelas manobras impecĂĄveis, ele Ă© uma figura muito conhecida e reconhecida no skate local: o cara que aparece do nada, atravessa a pista como se flutuasse e some antes do nascer do sol ou no comecinho da noite. De vez em quando, aceita ensinar alguns garotos, mais pelo prazer de ver alguĂ©m acertar um giro do que por querer ser “mestre” de algo. Suas artes de rua marcam alguns cantos do espaço — murais, bancos, corrimĂŁos — todos reconhecem o traço, o “Oxyd Glitch”, como chamam os grafites dele. Na Jayujang, ninguĂ©m o trata como tatuador misterioso da Skin Deep nem como o DJ reconhecido da Link in Bio: ele Ă© sĂł o Oxyd que fuma devagar, ri fĂĄcil e divide o chĂŁo com quem quiser aprender.
CITY’s DAWN.       ( explorador e pichador/grafiteiro. )    
É nas madrugadas aleatĂłrias que Oxyd realmente existe. Quando a cidade apaga as luzes e o barulho cessa, ele aparece — capuz, mochila, latas de spray e o olhar atento de quem caça silĂȘncio e paredes vazias. Suas obras nunca se repetem, varia entre sĂ­mbolos, letras, rostos distorcidos, personas ou quadros inteiros, e nĂŁo se apega em um estilo Ășnico, navegando por todos ao mesmo tempo que criando o prĂłprio; deixa em cada sua marca. Cada mural Ă© uma insĂŽnia transformada em cor, cada traço, uma cicatriz exposta. Nessas horas, ele se move como um fantasma pelas ruas de Busan — veloz, preciso. Às vezes, deixa batidas tocando de uma caixa de som pequena enquanto pinta, como se a mĂșsica fosse o pulso da tinta. É o momento que sobra sĂł o artista cru, nĂŁo tĂŁo mais anĂŽnimo quanto gostaria, mas pintando o caos que carrega no peito antes do amanhecer.
GALERIA GLASSVEIL.       ( pintor, curadorista e expositor. )
Escondida entre as ruelas de Yeongdo, a Glassveil Ă© uma galeria quase invisĂ­vel, conhecida apenas por um pequeno cĂ­rculo de artistas, pessoas comuns e curiosos. Nenhum deles sabe que por trĂĄs das telas estĂĄ Oxyd — o nome que assina cada obra e se diz proprietĂĄrio do local Ă© Solen Klyr. Um pseudĂŽnimo inventado anos atrĂĄs, quando ele ainda acreditava que a arte podia existir sem um rosto e que nasceu da ideia de antĂ­tese de Oxyd. Solen, por luz e renascimento; Klyr, pela pureza e silĂȘncio. Juntos, os nomes representam tudo o que ele nunca conseguiu ser: transparente, leve, intocado pelo caos. Sob essa identidade, ele pinta como se purificasse o que o outro lado dele destrĂłi — o som oposto da ferrugem. Algumas telas sĂŁo caĂłticas e Ă­ntimas, quase dolorosas — figuras humanas fragmentadas, ruas que sangram cor, silhuetas pintadas Ă  base de cafĂ© e ferrugem; outras possuem traços mais finos, desenhos subjetivos, tons claros — retratando sonhos, belezas aparentes e ideias leves; jĂĄ umas poucas, raras, mergulham no total surrealismo e experimentalismo — Ă© nessas que talvez, apenas talvez exista algo do tatuador e DJ. A galeria raramente abre, e quando abre, Ă© mais refĂșgio do que vitrine. AlĂ©m das telas expĂ”e tambĂ©m, sem pretensĂŁo alguma, suas coleçÔes de fotos tiradas ao acaso, formando murais ou mini-exibiçÔes quando elas se correlacionam de alguma maneira. NĂŁo hĂĄ anĂșncios, nem divulgação, se acham o local Ă© porque realmente “acharam”. AlĂ©m disso, Ă© o Ășnico espaço onde o caos e tambĂ©m a quietude Ășnica nĂŁo precisam de pĂșblico e nem de questionamento. É o lugar onde Oxyd se desmonta sem precisar se explicar — e onde Solen Klyr, pode existir sem o peso de ser visto.


          004 // 𝖘𝖊𝖈𝖗𝖊𝖙𝖘

  OFFICIAL DEALER da Skin Deep  : Nos poucos trĂȘs anos trabalhando para Kangho, Kyunho nĂŁo sĂł provou seu valor como passou a ser o porta-voz do homem em seus "negĂłcios nĂŁo oficiais" fora da clĂ­nica, sendo mais especĂ­fico, os ilegais. É “Kyunho” que vende, negocia, recebe, faz acordos e etc. Ă  beira dos portos, em becos escondidos. Ele Ă© o frontman da Skin Deep no underground de Busan.  Seus prĂłprios laços tĂłxicos  : tem envolvimento com pessoas perigosas no underground de Busan tambĂ©m pelo nome de Oxyd, esses sendo mais pessoais — dĂ­vidas, favores e alianças que ele nunca admitiria abertamente.  "Pequenos vĂ­cios"  : se nĂŁo bastasse todo o resto, Ă© claro que ele mesmo faz uso recreativo de drogas. NĂŁo se considera um drogado porque nunca chegou a "depender" das substĂąncias, mas nĂŁo Ă© incomum que use.  Sua fuga de Seul  : a histĂłria Ă© bem mais complexa do que parece. Ele diz a todos que apenas sumiu e deixou tudo para trĂĄs, que nĂŁo foi nada demais. PorĂ©m, nĂŁo conta que a decisĂŁo quase destruiu a prĂłpria vida e carreira por completo, jĂĄ que estava no pico de sua ascensĂŁo, em uma crescente absurda, ganhando reconhecimentos que muitos sĂł sonham. NĂŁo ousa sequer mencionar o abandono de um projeto cultural no qual era “a imagem principal”, que jĂĄ estava em andamento, dando seus primeiros passos para fora dos papĂ©is, com direito Ă  financiadores, sĂłcios, apoiadores e que com certeza nĂŁo iria apenas ser um sucesso, mas transformaria a cena underground de Seul - tamanha era a importĂąncia e relevĂąncia. Finge tambĂ©m esquecer que a consequĂȘncia direta do seu sumiço e abando de tudo, principalmente desse dito projeto, com certeza foi a causa para a desgraça imensa na vida de outra pessoa; a de seu melhor amigo. Esse que nĂŁo era um qualquer, mas um de alma; aquele com quem dividiu sua histĂłria, vida e dia-a-dia por mais de 6 anos.


𝖕𝖆𝖗𝖙𝖘 𝖔𝖋 𝖙𝖍𝖊 𝖜𝖍𝖔𝖑𝖊 𝖙𝖍𝖎𝖓𝖌.

  INCHEON, O INÍCIO   Nam Kyunho nasceu em Incheon, cercado por instabilidade desde o berço. Filho de um casal que tentou sustentar a vida com uma pequena loja de artesanato e marcenaria, viu tudo desmoronar quando o negĂłcio faliu e a famĂ­lia mergulhou em dĂ­vidas e mudanças constantes. Cresceu em casas temporĂĄrias, entre discussĂ”es abafadas e silĂȘncios pesados, aprendendo cedo que nada era garantido — nem afeto, nem segurança. A infĂąncia dele foi marcada por desconfiança e adaptação: o menino calado que observava tudo, desenhava nas margens dos cadernos e preferia o som dos fones ao das vozes. A arte surgiu primeiro como defesa, depois como necessidade. Nos rabiscos encontrou um idioma prĂłprio; nas ruas, um espelho de si. Entre part-jobs e notas medianas, começou a transformar dor em traço, caos em estĂ©tica — um instinto que mais tarde se tornaria sua marca.
  A IDA PARA SEUL   Seul foi a virada de chave que Kyunho nĂŁo planejou, mas que o consumiu por inteiro. Aos vinte e poucos anos, chegou Ă  capital como tantos outros — com fome, talento e nenhuma rede de apoio. Passou meses tatuando em porĂ”es de estĂșdios baratos, vivendo de comissĂ”es esporĂĄdicas e dormindo em lugares que mudavam tanto quanto seus humores. Ainda assim, o caos parecia alimentar algo nele. Cada linha traçada, cada som produzido, era mais uma tentativa de afirmar que existia. Mas contra todos os imprevistos foi nesse cenĂĄrio que se consolidou. Seu nome começou a aparecer nos muros, nas mixtapes, nos corpos — um rastro de ferrugem e ritmo que misturava o urbano com o visceral. As faixas que soltava no SoundCloud, com capas desenhadas Ă  mĂŁo, ganharam tração entre DJs independentes e grafiteiros, atĂ© que seu som — cru, industrial, pulsante — chegou a pequenos clubes do subsolo de Hongdae. O pĂșblico o via como uma força imprevisĂ­vel: o artista que tatuava de dia e incendiava pistas Ă  noite. Pela primeira vez, a vida parecia girar a favor dele, e a cidade o devolvia com aplausos e convites. Mas com a ascensĂŁo veio tambĂ©m o peso da atenção. Kyunho que passou a ser conhecido como Oxyd, se tornava conhecido demais para o anonimato em que se sentia seguro. Ainda assim, continuava — entre festas, colaboraçÔes e noites insones.
  OXYD & SYNK — O PROJETO.   Quando chegou a Seul, Kyunho ainda era um nome perdido entre rabiscos, sons e vĂ­cios, e Seo Suwan, vindo de Jeju, buscava o contrĂĄrio: estrutura e propĂłsito. Eles se encontraram em um beco da cena underground — um encontro improvĂĄvel entre o impulso e a calma. A primeira tatuagem de Suwan feita por Kyunho naquela noite virou piada interna, a convivĂȘncia virou hĂĄbito, e dividir um apartamento em Mapo se tornou o inĂ­cio de uma parceria que transcenderia qualquer definição. Com o tempo, os dois passaram de anĂŽnimos a figuras marcantes da cena independente. Oxyd incendiava clubes e muros com seu carisma elĂ©trico; e o agora Synk (apelido que nasceu de uma brincadeira bĂȘbada sobre sincronia e tinta) era o cĂ©rebro que mantinha o caos funcionando. Juntos, se tornaram Oxyd & Synk, uma dupla inseparĂĄvel — amigos, cĂșmplices, e Ă s vezes “algo” que nunca denominaram e nem sentiram a necessidade de o fazer. O sucesso cresceu rĂĄpido: eventos, arte, tatuagem, zines, mĂșsica — e de repente, tudo convergiu para a criação da UNDERVOX, um espaço prĂłprio, elaborado por eles, que seria tatuagem, galeria, manifesto e casa para vĂĄrios tipos de artistas independentes da cidade. O projeto era ambicioso demais, mas talvez tenha sido essa ousadia que chamou a atenção, e fez com o sonho ganhasse força real. Quando piscaram, o galpĂŁo estava pronto, os investidores Ă  espera, o nome deles no auge. E entĂŁo, justo nesse momento em que tudo parecia se alinhar, em que o sucesso jĂĄ era o resultado definitivo e Ășnico, Oxyd desapareceu. Nenhum aviso, nenhuma explicação. Sumiu da cidade, da vida de Synk e do projeto jĂĄ vivo que tanto haviam sonhado, construĂ­do e elaborado com tamanho zelo por anos. Sem ele, que era a representação viva, o rosto e o espĂ­rito de tudo, a UnderVox desmoronou em semanas. Restou apenas o silĂȘncio, as paredes inacabadas e as tatuagens queimando como lembranças. Oxyd fugiu carregando o peso do que destruiu, do que abandonou e do que, ou melhor, de quem traiu — sabia bem o tamanho do estrago sem nem precisar estar lĂĄ para testemunhar. Suwan demorou um tempo para processar de verdade o que aconteceu e para lidar com as responsabilidades que caĂ­ram sobre ele, mas assim que conseguiu, a primeira coisa que fez foi jogar tudo, inclusive “Synk”, no lixo. AtĂ© hoje, nenhum dos dois realmente se curou daquilo.
  BUSAN, O RECOMEÇO   Quando deixou Seul, Oxyd nĂŁo planejou para onde iria — apenas foi. Apagou rastros, deletou contas, cortou nĂșmeros e partiu com o que cabia em uma mochila. O corpo ainda pulsava com o som das festas e o peso das crĂ­ticas, mas a mente sĂł queria silĂȘncio. Pegou o primeiro ĂŽnibus noturno para o sul e acordou em Busan, com o mar Ă  frente e a sensação de estar vivo por acidente. Nos primeiros meses, viveu como sombra. Mudava de pensĂŁo a cada semana, tatuava escondido em quartos alugados por hora, trocava arte por comida e noites em sofĂĄs alheios. A cidade parecia mais crua, mais real — o tipo de lugar onde podia existir sem ser reconhecido. Entre becos e bares pequenos, começou a reconstruir o nome Oxyd aos poucos: o tatuador enigmĂĄtico, o DJ errante que aparecia de madrugada em festas improvisadas e sumia antes do amanhecer. Busan nĂŁo estava ali para o curar, mas lhe dar refĂșgio. Foi ali que entendeu que podia sobreviver mesmo depois de se apagar.
  O RENASCIMENTO DE OXYD   Em Busan, Oxyd entre quedas e buracos, finalmente encontrou um ritmo que nĂŁo o destruĂ­a de imediato. Ele ainda bebe, ainda desaparece por dias, mas jĂĄ nĂŁo precisa fugir de si com tanta pressa. O mar parece ter ensinado uma nova forma de silĂȘncio, e a cidade lhe deu o cenĂĄrio perfeito para continuar sendo tudo o que Ă©: corrosivo, criativo e impossĂ­vel de classificar. O trabalho na Skin Deep se tornou sua Ăąncora. Contratado por Kangho em um acordo de confiança silenciosa, ele comanda sua ĂĄrea como se fosse templo. Tatuar virou um ritual — cada traço, uma forma de controlar o que por dentro ainda tenta desmoronar. Sabe que a loja Ă© fachada para esquemas obscuros, que ele mesmo passou a administrar em pouco tempo. Mas ainda assim, transformou o estĂșdio em uma extensĂŁo de si: mĂșsica baixa, cheiro de tinta e paredes marcadas por desenhos que sĂł ele entende. Com o tempo, e o dinheiro que começou a entrar tanto das tatuagens quanto das noites na Link in Bio, Oxyd comprou um loft em Seomyeon. O espaço Ă© caĂłtico, mas vivo — paredes cobertas de pĂŽsteres, telas inacabadas, plantas tentando crescer entre cabos e amplificadores. É ali que vive, trabalha, e Ă s vezes apenas respira junto de companhia de Rust, seu gato. No canto, um carro preto antigo repousa como relĂ­quia, usado nas madrugadas em que dirige sem destino pela orla, ouvindo suas prĂłprias faixas e o zumbido constante de dentro da cabeça. Quando nĂŁo estĂĄ tatuando ou tocando, se mistura Ă  cidade. Nas noites ou tardes livres, Ă© presença frequente na Jayujang X, onde todos o conhecem pelo skate. Os murais do parque tambĂ©m carregam suas marcas — grafites, sĂ­mbolos, rostos borrados, pequenas confissĂ”es espalhadas pelas paredes. O que quase ninguĂ©m sabe Ă© que, entre as vielas do centro de Busan, existe uma galeria escondida chamada Glassveil. LĂĄ, Oxyd se torna Solen Klyr, um nome que ninguĂ©m associa ao tatuador ou ao DJ. As pinturas que assina sob esse pseudĂŽnimo sĂŁo opostas ao seu som: leves, melancĂłlicas, quase puras. É o lado dele que nĂŁo precisa performar nem explodir. O espaço abre raramente, sem horĂĄrios fixos, e quem entra descreve a sensação de estar dentro de um segredo.
  ATUALMENTE   Hoje, Oxyd vive entre esses mundos — o estĂșdio, o palco, o asfalto e a galeria — como se cada um segurasse uma parte do que ainda resta dele. JĂĄ nĂŁo precisa provar nada, sĂł continuar existindo. E talvez seja isso o mais perto que ele jĂĄ chegou de estar acostumado ao prĂłprio desequilĂ­brio, ainda que os demĂŽnios continuem a persegui-lo em cada sonho, em cada esquina.

✭ 𝖈𝖔𝖓𝖓𝖊𝖈𝖙𝖎𝖔𝖓𝖘




          001 // 𝖈𝖔𝖒𝖕𝖑𝖊𝖙𝖊𝖉

  two swindlers   SANGHUN : É o funcionĂĄrio da Gilded Frame que troca informaçÔes e favores sujos com Oxyd recorrentemente, tipo tatuagens feitas de madrugada em troca de antiguidades duvidosas vendidas como relĂ­quias. Compartilham esquemas de clientes ricos, dividem lucros e recomendam futuros compradores. Sabem bem de todas as sujeiras um do outro, afinal fazem parte dela, mas sem julgamentos, apenas "apoio". Vivem em uma cumplicidade malandra de atĂ© certa paz, mas que ainda em alerta por saberem que confiança entre golpistas tem prazo de validade.  two annoying   NABI : Ambos entraram na vida um do outro quase sem querer, em meio a jogatinas na madrugada e atĂ© uma certa amizade no começo, mas assim que Oxyd percebeu o quĂŁo fĂĄcil era tirar a garota dos eixos implicando com ela e a pentelhando tudo mudou. A relação de amizade virou de provocaçÔes contĂ­nuas, atĂ© mesmo quando passaram a se esbarrar pelos corredos de Gounjae. E isso sĂł aumentou quando Oxyd descobriu algumas coisas atĂ© entĂŁo "secretas" da garota, passando a inferniza-la atĂ© o fim, e nĂŁo que ela deixe barato porque com sua lĂ­ngua afiada retribui na mesma moeda. Apesar disso, continuam jogando juntos Ă s vezes e divindo conversas mais tranquilas, raras, mas que acontecem. Famosa amizade-inimizade-implicante as fuck.  Unique Friends   Sohee : Oxyd Ă© quem arrasta Sohee para situaçÔes que ela provavelmente nĂŁo toparia sozinha — karaokĂȘs madrugada adentro, viagens espontĂąneas, ou atĂ© aventuras dentro do prĂłprio shopping. Riem juntos das prĂłprias burradas e, mesmo nas piores encrencas, sabem que podem contar um com o outro. Com o tempo, virou algo mais do que amizade, meio famĂ­lia, onde ambos confiam de olhos fechados um no outro, jĂĄ compartilharam segredos que nĂŁo contaram a ninguĂ©m e sabem que esse vĂ­nculo nĂŁo vai se desfazer.  NIGHT PARTNERS   NOZOMI : Começaram apenas como conhecidos de noitada. Nono de alguma forma sempre estava ou entre os ciclos de Oxyd na LIB, ou vinha atĂ© ele puxar papo e passarem a madrugada conversando. Mas, foi em uma dessas que Oxyd com seu instinto protetor e observador, acabou literalmente salvando a vida de Nozomi. O garoto estava pura bala no corpo, completamente fora de si e acabou sumindo no meio da festa, os olhos rĂĄpidos do tatuador foram eficafez na hora de acha-lo no exato momento em que ele estava sendo importunado por um bĂȘbado que claramente nĂŁo tinha boas intençÔes - Ele voou para cima do cara, quase partindo para uma briga fĂ­sica e depois removeu o garoto dali, levando-o atĂ© seu loft para que cuidasse dele. Entre os murmurios do japonĂȘs, conseguiu entender apenas que ele nĂŁo poderia se envolver em encrencas, nunca. Nunca perguntou para ele sobre o que ele falou, apenas garantiu no dia seguinte que enquanto estivesse consigo, estaria tudo bem (uma mentira bem contada e bem embrulhada, mas que servia.), afinal era outro "pirralho". Passaram a ter uma cumplicidade meio Ă s cegas depois de todo ocorrido, atualmente mantendo uma amizade tranquila mas velada pelo desejo de "quero ajudar, ainda que eu nĂŁo faça ideia de como". De ambos os lados, porquĂȘ Oxyd Ă© bom em esconder seus demĂŽnios, mas nem tanto. No fim, resolvem tudo no: foda-se, vamos beber atĂ© virar a noite.




          002 // 𝖈𝖔𝖒𝖕𝖑𝖊𝖝

  BETWEEN TATTOOS   MINSEO : Eles se conheceram na LIB, obviamente, quando Minseo passou a trabalhar no local e aparecia performando em basicamente em todas as festas que o Oxyd tocava. Alguns amigos em comum que queriam enturmar a garota fizeram as apresentaçÔes. Mas, dentro desse grupo que sempre era e ainda Ă© visto junto na balada, Minseo e Oxyd deram um match instĂąneo, se grudaram de forma rĂĄpida, passando a estarem sempre, realmente sempre, juntos, o que antes atĂ© gerava algumas "piadas". Foram quase dois meses de consolidação de uma amizade caĂłtica. Ambos diabos noturnos que apenas adicionavam mais caos um na vida do outro, seja por seus jeitos Ășnicos, seus vĂ­cios compartilhados ou ideias malucas em plena madrugada. Eram explosivos. Oxyd que basicamente colocou a garota dentro da Skin Deep, tapeando Kangho "mĂŁo-de-vaca" para aceitar a nova contratação depois de conhecer o talento que ela possuĂ­a em uma das "fugas" noturnas juntos onde picharam a faxada de um prĂ©dio velho. E tudo foi lindo nesse perĂ­odo, atĂ© enfim começar os “segredos”. Em algumas conversas da madruga, Minseo Ă s vezes nĂŁo terminava de contar algo, Oxyd evitava alguns assuntos e o que parecia inabalĂĄvel foi se abalando, por mais que nunca deixassem de estar juntos. Mas, foi no final de uma noite caĂłtica, na qual tinham bebido para caramba, fumado e atĂ© cheirado pelo hype, que eles acabaram tentando uma briga gigantesca apĂłs tentarem, aluscinados, arrancar informaçÔes um do outro — foi tudo um caos, chegaram a extremos e toda a sensação boa foi por ĂĄgua abaixo. Para adicionar mais drama, ainda sem estarem "resolvidos" passaram por uma situação complicada, onde Oxyd sendo responsĂĄvel por certos assuntos mais ilegais da clĂ­nica teve que sem querer, envolver Minseo em uma "transação". As coisas ficaram cinzas e obscuras entre eles, levantando mais camadas de suspeita e falta de confiança. PorĂ©m, ao mesmo tempo, foi como se um colĂ­rio tivesse sindo pingado Ă  força nos olhos de ambos — precisaram se afastar para reconhecerem certos "sentimentos", para admitirem que realmente a conexĂŁo que tinham era Ășnica e singular, ainda que nĂŁo ousassem admitir para ninguĂ©m. Mas mesmo assim, a situação nĂŁo se alterou completamente, no mĂĄximo segue "branda" e ainda cinza. Existem nos dois buracos fundos demais para se explorar e nenhum deles sabe dizer se estĂŁo prontos para permitir que alguĂ©m sequer os veja, quanto mais adentre. Com isso, eles ainda sĂŁo uma "histĂłria" sem rumo, sem resposta.  THE PAST IS REAL AGAIN   SUWAN : NinguĂ©m sabe, mas Ă© ele. Seo Suwan. Suwan Ă© o tal amigo que Oxyd deixou para trĂĄs em Seul. O mesmo com quem dividiu anos de vida, um apartamento velho em Mapo e o sonho que quase mudou tudo. Antes de Busan, antes da Skin Deep, antes de qualquer ascensĂŁo, foram Oxyd e Suwan, na verdade, Oxyd e Synk — o caos e o controle, o fogo e o fio. Eles se conheceram em um beco da cena underground, entre grafites, som alto e cheiros de tinta fresca. A primeira tatuagem de Suwan veio dali, feita por Oxyd em meio ao barulho, sem planejamento e sem significado aparente. Mas foi o bastante para começar algo. A partir dali, se tornaram inseparĂĄveis: companheiros de festa, de misĂ©ria, de criação. NĂŁo sĂł isso, passaram a rachar aluguel, comida, bebidas, cigarros, noites, segredos, confissĂ”es e mais tarde
 lençóis, cama e os corpos — nunca se consideram nada, nem amantes, nem ficantes. O fato de buscarem um ao outro carnalmente nunca sequer foi discutido porque acreditavam que amizade deles falava mais alto ao ponto de cuidar atĂ© dessa parte, e de fato, nunca foi estranho, ou passou do controle. (Ao menos, eles creem.) Suwan era metĂłdico, detalhista, sempre com um caderno de ideias nas mĂŁos; Oxyd, impulsivo, criava no caos e apagava tudo logo depois. Mesmo tĂŁo diferentes, pareciam falar a mesma lĂ­ngua — a dos que vivem intensamente demais para caber em qualquer lugar. A convivĂȘncia transformou-se em parceria, e a parceria, em uma marca. Oxyd & Synk começaram a ser conhecidos na cena underground, mesclando tatuagem, mĂșsica e arte visual. Synk organizava, Oxyd incendiava. NĂŁo foi sĂł Oxyd que estava em ascensĂŁo, Synk conquistava cada vez mais espaço. E foi nas varandas, entre cigarros e latas de cerveja, que criaram o conceito da UnderVox — um espaço que seria estĂșdio, galeria e refĂșgio para artistas independentes. Reuniram apoios, contatos e um galpĂŁo: o sonho estava prestes a se tornar real. Mas, na vĂ©spera da abertura, Oxyd sumiu. Sem bilhete, sem explicação, sem aviso. O projeto morreu antes de nascer, e com ele, uma parte que Suwan, que inclusive jogou no lixo junto com todo o resto “Synk”.Agora, anos depois, por ironia do destino Suwan estĂĄ em Busan hĂĄ pouco mais de um mĂȘs. E se nĂŁo bastasse, foi contratado recentemente pela Skin Deep, lugar onde Oxyd se estabeleceu depois da fuga. Chega a ser incrĂ­vel como eles de alguma forma conseguiram se reencontrar. E agora, em meio a tudo vindo Ă  tona de maneira desesperadora para Oxyd, os dois voltam a dividir o mesmo teto, com muitas coisas nĂŁo ditas, sentimentos mistos e uma incerteza absurda do que isso tudo irĂĄ se tornar.



⟣ 𝖋𝖗𝖊𝖊 𝖈𝖓𝖓

  TINTED DEAL  : VocĂȘs compartilham o mesmo vĂ­cio: o lucro fĂĄcil e a adrenalina. Se conheceram em uma das rotas de entrega de Kangho — Oxyd precisava de algo transportado, vocĂȘ conhecia o caminho certo e as pessoas certas. Agora, vivem um tipo de parceria sem contrato, onde dinheiro, risco e ironia andam juntos. É uma amizade disfuncional, movida a sarcasmo e desconfiança, mas, de alguma forma, funciona. Quando algo dĂĄ errado, um cobre o outro — nĂŁo por bondade, mas por hĂĄbito.  GAS STATION TALKS  : TrĂȘs da manhĂŁ. Um posto de conveniĂȘncia, cafĂ© ruim e mĂșsica saindo do carro de Oxyd. VocĂȘs se encontraram por acaso ali, uma, duas, cinco vezes, atĂ© que virou tradição. Conversas que começam com “como foi o dia?” e terminam em “serĂĄ que dĂĄ pra recomeçar?”. É amizade no sentido mais cru: o conforto de alguĂ©m que aparece sem precisar ser chamado. Quando o mundo pesa, vocĂȘs se encontram no mesmo posto, no mesmo horĂĄrio, como se o universo tivesse deixado aquele ponto fixo sĂł pra vocĂȘs dois.  PAINT STAINED  : VocĂȘ trabalha com arte — talvez pintura, restauração, curadoria — e reconheceu os traços de Solen Klyr em um mural urbano, o que nĂŁo fazia sentido. Buscando respostas, vagou pela cidade inteira atĂ© encontrar a Glassveil e para sua surpresa lĂĄ dentro, encontrou Oxyd. NĂŁo houve muitas perguntas, nĂŁo houve muito o que se perguntar, vocĂȘ entendeu. Desde entĂŁo, se veem ocasionalmente, conversam pouco, mas cada encontro Ă© uma faĂ­sca. Ele nunca admite nada, mas tambĂ©m nunca nega. Talvez porque, de algum modo, vocĂȘ o vĂȘ como ninguĂ©m mais vĂȘ.  AFTER PARTY QUIET  : A festa tinha acabado, mas ninguĂ©m foi embora. Oxyd estava sentado no chĂŁo, mexendo no celular, e vocĂȘ ficou ali, sem saber por quĂȘ. Conversaram sobre nada — sobre luzes queimadas, gatos de rua, tatuagens feias — e foi suficiente. Desde entĂŁo, a amizade Ă© isso: se encontrar no meio do ruĂ­do e criar um tipo de paz momentĂąnea. É o Ășnico vĂ­nculo que ele nĂŁo tenta esconder, e talvez o Ășnico que vocĂȘ nĂŁo quer explicar.  BROKEN VINYL  : VocĂȘ e Oxyd se conheceram de forma quase absurda: uma discussĂŁo bem acalorada na Flashback sobre quem merecia a Ășltima cĂłpia de um vinil antigo. Acabaram dividindo o valor, levando o disco e indo ouvir juntos, em silĂȘncio, como dois estranhos tentando provar um ponto. NinguĂ©m sabe como, mas isso virou rotina. De tempos em tempos, se reĂșnem pra ouvir mĂșsicas que ninguĂ©m mais ouve, dividir tragos e falar sobre tudo que nĂŁo sabem resolver. Entre uma faixa e outra, o silĂȘncio parece dizer mais do que qualquer mĂșsica.  CIGARETTES & BAD IDEAS  : VocĂȘs nĂŁo podem ficar juntos por mais de 20 minutos sem que uma ideia ruim surja. “Vamos subir nesse telhado?” “E se a gente tatuasse o mesmo sĂ­mbolo, mas de cabeça pra baixo?” É assim desde o inĂ­cio: uma combinação perigosa de tĂ©dio e criatividade. Oxyd jura que vocĂȘ Ă© a pior influĂȘncia dele. Mas, no fundo, ele sabe que Ă© o contrĂĄrio.  WRONG TEXT  : Um dia, Oxyd te mandou uma mensagem por engano — um ĂĄudio de 47 segundos reclamando de alguĂ©m (ou talvez do mundo). VocĂȘ respondeu com uma piada. Desde entĂŁo, nunca mais pararam de se falar. A “amizade” nasceu do erro, e agora Ă© feita de ĂĄudios aleatĂłrios, memes malditos e tentativas falhas de marcar um cafĂ© que nunca acontece. Mesmo assim, vocĂȘs se entendem — sem precisar de contexto nenhum.  BROKEN ELEVATOR  : VocĂȘs ficaram presos juntos no elevador do shopping. Onze minutos de pĂąnico, risadas nervosas e Oxyd tentando consertar o painel com uma caneta. Quando finalmente saĂ­ram, jĂĄ tinham uma piada interna, um trauma leve e um plano de nunca mais usar escadas rolantes. Agora, toda vez que se encontram, alguĂ©m sempre diz: “pelo menos aqui tem Wi-Fi”.  NO FILTER  : Simples: vocĂȘs nĂŁo se gostam. NĂŁo Ă© drama, nem passado mal resolvido — sĂł pura incompatibilidade de energia. Oxyd acha vocĂȘ insuportĂĄvel. VocĂȘ acha ele arrogante. Mesmo assim, o destino vive colocando os dois no mesmo espaço. Cada conversa vira discussĂŁo, cada silĂȘncio vira provocação. Mas curiosamente, nenhum dos dois evita o outro. É como se o Ăłdio fosse entretenimento gratuito — o tipo de relação que ninguĂ©m entende, mas todo mundo comenta.  SHARP TONGUES  : VocĂȘs tĂȘm o tipo de relação que vive de farpas. Toda frase vem com uma ponta afiada, todo elogio soa como ironia. Quem assiste de fora acha engraçado, mas quem entende sabe: nĂŁo Ă© brincadeira. HĂĄ algo ali — uma antipatia verdadeira, um duelo verbal sem pausa. E, no fundo, talvez ambos se divirtam demais pra parar.  BAD CHEMISTRY  : NĂŁo Ă© Ăłdio, Ă© pura incompatibilidade. VocĂȘs funcionam como reagentes errados: basta se aproximar que algo explode. Nem Ă© pessoal — simplesmente nĂŁo dĂĄ certo. As piadas irritam, o jeito incomoda, o silĂȘncio pesa. Ambos tentaram se entender, mas jĂĄ aceitaram a verdade: existem pessoas que nasceram pra nĂŁo coexistir, e vocĂȘs sĂŁo duas delas.




𝖕𝖗𝖔𝖒𝖕𝖙𝖘 𝖙𝖔 𝖚𝖘𝖊 𝖔𝖗 𝖎𝖓𝖘𝖕𝖎𝖗𝖊.
“VocĂȘ Ă© o cara das tatuagens estranhas, nĂ©? Falaram que uma das suas mexe quando a luz apaga.”
“VocĂȘ nĂŁo lembra, mas eu te vi uma vez na Jayujang
 foi vocĂȘ que me tirou do chĂŁo depois do tombo.”
“Fui na Skin Deep e jurava que tatuador não fazia cara de enterro enquanto trabalha.”
“Achei que fosse o Ășnico maluco andando de skate Ă s trĂȘs da manhĂŁ.”
“Pensei que fosse um fantasma — vocĂȘ surge, faz barulho, e desaparece.”
“Tá procurando paz ou confusão hoje?”
“Te vi na pista da LIB e jurei que era outra pessoa. Talvez fosse.”
“VocĂȘ nunca fala de vocĂȘ, mas de algum jeito, todo mundo acaba contando tudo pra vocĂȘ.”
“VocĂȘ sempre anda com essa cara de quem quer bater no sistema ou Ă© sĂł sua expressĂŁo natural?”
“Quantos cafĂ©s vocĂȘ toma por dia pra manter esse nĂ­vel de desdĂ©m artĂ­stico?”
“Sabe, vocĂȘ tem uma vibe estranha
 mas no bom sentido.”
“Sabe que tem gente que pagaria pra descobrir o que passa na sua cabeça?”
“DifĂ­cil saber o que Ă© mais perigoso: suas tatuagens ou o jeito que vocĂȘ fala.”
“Se eu pedir uma tatuagem feita por vocĂȘ, Ă© arte ou convite?”
“Ah, ótimo. O caos ambulante chegou.”
“O jeito que vocĂȘ existe Ă© meio triste
 e bonito ao mesmo tempo.”
“Se der errado, a culpa Ă© sua. Se der certo, eu fico com os crĂ©ditos.”
“Acho que a gente devia parar de se encontrar em situaçÔes estranhas
 ou nĂŁo.”
“VocĂȘ tem cara de quem topa ideia ruim sĂł pra ver atĂ© onde vai.”
“Eu nĂŁo tĂŽ tentando entender vocĂȘ. SĂł ficar perto Ă© suficiente.”



✩ 𝖕𝖔𝖛'𝖘.

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